Orelha de Sete de Paus

sete_de_pausConheçoRolloverBackArrow o Fioravanti desde que nasci. Não lembro o dia da foto do meu batizado. Não está dito no livro que está em suas mãos, mas ele é meu padrinho. Meu pai trabalhou anos com ele, na Polícia Federal de Floripa. Quando eu prestei concurso e entrei, aos 21 anos, o Fiora pediu ao delegado-geral para que eu fosse trabalhar com ele, já que meu pai havia falecido.

O episódio aqui narrado, em que trabalhamos juntos, foi uma aula para mim. Passei a admirar mais ainda o meu padrinho. O caso não era fácil. Um serial killer, matando no Brasil e no exterior. O Caso Sete de Paus, como chamávamos. No começo, achávamos que ele matava pessoas de uma mesma família. Depois percebemos (ele, o Fiora) que os três primeiros mortos eram maçons. Já o quarto assassinato…

Viajamos muito pelo Brasil, África e Portugal. Nas viagens aprendi a gostar de leitura policial e a ouvir um bom violino; palavras que antes nada significavam para mim tornaram-se companheiras do dia-a-dia: intuição, llucidez, perspicácia (essa eu nem conhecia). E agora o Escritor me pede uma orelha…

Fioravanti aposentou-se, depois desse caso, da Federal. Hoje tem um escritório de detetive particular. Quer que eu vá trabalhar com ele. Tenho pensado muito nisso. Principalmente agora que ele foi convidado pela polícia de Floripa para investigar crimes não solucionados dos últimos dez anos aqui na ilha.

É uma tentação… Pode até render outros livros.

Darwin Matarazzo
Investigador de polícia de Florianópolis

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