Apresentação

Você é minuciosamente revistado na entrada (dizem que um paciente levou patê num tubo de pasta de dentes); tiram o sal da sua comida (um outro foi pego pagando duzentos reais por um jornal – recheado de presunto e queijo); tiram o açúcar da sua comida (no bosque, havia um laguinho com lindos peixinhos ornamentais. Foram transformados em deliciosos sashimis. Acabaram com o laguinho).

Lendas? Talvez. Mas acabam com sua comida (as cinco refeições do dia, deliciosas, cabem na metade de um prato de sobremesa); bebida? Só água, suquinhos ralos; o sorvete? Um gelinho colorido com sabores geralmente inexplicáveis; você fica lá, dias, incomunicável quase, e, na hora de ir embora, que saudade, meu Deus!

Como é dura a vida aqui fora! O livro de Mario Prata é um poema bem-humorado sobre SPA, que eu li deliciado, saudoso dos quinze dias em que passei por lá, redescobrindo a vida, a saúde, a auto-estima. Pára de ler essa orelha, e leva logo esse livro! Você não sabe o que está perdendo.

Antônio Fagundes
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